Sua história começou em 1800, quando a família do tenente Antônio Martins Ferreira de Andrade, procedente de São Paulo chegou à capital da capitania de Goiás (Cidade de Goiás) e requereu terras devolutas às margens do Rio dos Bois, que até hoje é um dos mais importantes rios do nosso estado. O governador da capitania era Fernando Delgado Freire de Castilho, que atendeu ao requerimento de Antônio Martins, que tão logo se apossou das terras, deu ao lugar o nome de Sítio das Palmeiras, devido aos milhares de coqueiros existentes na região.
Os Andrades doaram a São Sebastião, 800 alqueires de terras junto ao Córrego Azul, onde é hoje o distrito de Linda Vista, no município de Cezarina. Oriundo das minas de São Francisco de Assis, hoje, Anicuns, o padre Filipe chegou com a incumbência de escolher o local onde seria construída a capela. No local escolhido foi erguida uma cruz de madeira e uma missa foi celebrada na presença dos fazendeiros do lugar.
A família Andrade vendeu as terras à família Martins, que manteve o compromisso de doar os 800 alqueires ao Santo, bem como o de construir a Igreja. De posse das terras, os Martins se dedicaram à lavoura com a ajuda dos escravos e esqueceram do compromisso, ficando a construção da igreja paralisada por dois anos. Quando lhes foi cobrado o compromisso, alegaram que construiria a igreja, mas em outro local, por que naquele patrimônio, havia contrabando de pinga e os escravos bebiam e não trabalhavam.
A mudança da sede da igreja aconteceu após entendimento entre o dono da terra e o padre José Maria, que escolheram o local onde morava o garimpeiro Jonas Alemão, desde 1794.
Em 20 de maio de 1832 foi lavrada a escritura no “Livro de Ouro” de São Sebastião, ficando então transferido o patrimônio para o local onde é hoje Palmeiras de Goiás. Nessa mesma ocasião foi celebrada missa, realizou-se batizados e foi demarcado pelo padre Azevedo Coutinho, o lugar onde seria construída a igreja.
Todos os habitantes da região ajudaram na construção da igreja: uns cumprindo promessas, outros por devoção e alguns para ganhar dinheiro, mas, apesar de todos os esforços, a obra só foi concluída em 1843. Dois sinos foram doados por dona Joana e trazidos de Uberaba, nos lombos de burros, até sua fazenda que ficava a dez léguas do patrimônio.
No dia 11 de julho de 1844, o povo de São Sebastião do Alemão, acompanhado do padre José Maria, foi até a fazenda de dona Joana e trouxe os sinos nas costas.
Ao chegarem da longa e cansativa viagem, realizaram batizados, inauguraram os sinos e fizeram festas. O responsável pela formação do povoado que agora se chamava São Sebastião do Alemão, foi Filipe de Oliveira, em 1850.
De povoado a vila
Com a vinda de Tobias Monteiro e sua família, procedentes da Bahia, o povoado de São Sebastião do Alemão foi elevado à condição de freguesia em 9 de novembro de 1857, através da Resolução n° 08/57. Nova família chega à freguesia. Trata-se da família Coimbra, cujos membros se estabeleceram como comerciantes. Com isso, novo impulso foi dado ao lugarejo e com esforços de Abel Coimbra, conseguiu-se elevar a freguesia à vila, de acordo com a lei nº 914, de 10 de dezembro de 1887, mas somente no dia 7 de fevereiro de 1892, é que foi solenemente instalada a vila, denominada Vila de São Sebastião do Alemão.
De vila a município
Com o progresso acentuado da vila São Sebastião do Alemão, esta foi elevada à condição de cidade, através da lei nº 269, de 6 de julho de 1905. Até então, o município pertencia a Goiás Velho, (antiga capital do estado de Goiás), tornando-se portanto, independente política e administrativamente.
Um fato importante para que a cidade tivesse o seu nome trocado, foi determinado pelo grande número de palmeiras que existia no município. Portanto, através da lei nº 540, de 14 de junho de 1917, São Sebastião do Alemão passou a chamar-se Palmeiras.
Posteriormente, por força do Decreto-Lei estadual nº 8305, de 31 de dezembro de 1943, Palmeiras passa a chamar-se Mataúna.
De conformidade com o artigo 65 das Disposições Transitórias da Constituição Estadual, em 1947, o município volta a chamar-se Palmeiras, com o acréscimo “de Goiás”, devido à existência de outros lugares no Brasil, com o mesmo nome. A última denominação, e que se conserva até hoje, é Palmeiras de Goiás.
Palmeiras torna-se comarca
No dia 8 de maio de 1940, através do Decreto-Lei Estadual nº 3174, Palmeiras de Goiás é elevada à categoria de Comarca e passa a ser um Distrito Judicial sob a alçada de um Juiz de Direito.
Geografia
Localiza-se a uma latitude 16º48’18” sul e a uma longitude 49º55’33” oeste, estando a uma altitude de 596 metros. Sua população estimada em 2016 é de 26.855 habitantes, segundo dados do IBGE. Possui uma área de 1544,9 km².